Qual
o real objetivo da mudança? Por quê, pelo o quê e por quem Dorothy
Stang lutava? E Chico Mendes? E Ezequiel Ramin? Tantos mártires que
o mundo teve e tem, e para quê?
Em
breve levantamento histórico percebemos mártires como Tirandentes e
até mesmo Jesus Cristo, sem fazer apologias a religião, mas tal
palavra sempre estará ligada a fé cristã, visto que profere uma
determinada religião.
Na
atualidade vale a pena lutar no Brasil por direitos e respeito fronte
ao Poder Político quando o mesmo nem ao menos se importa com a
sociedade? Somos todos martirizados pelo desgosto. Minha falta de fé
se encontra no culpado de tudo isso, o povo.
Serei
mais uma apedrejada por dizer isso, mas os que dizem o que vem a
cabeça, nem sempre estão errados, como os martirizados do passado.
O Brasil é um país democrático até onde meus conhecimentos vão,
afinal, somos nos que votamos e se nós queremos mudança, por quê
não temos?
Alguns
dizem que o governo não oferece educação, não gera conhecimento.
Será mesmo que nós como seres humanos evoluídos que somos e
inteligentes, com racionalidade vasta, não temos nenhuma e sequer
condição de adquirimos conhecimentos e buscar informações sem
depender do Estado? Pelo visto não. Porque o povo brasileiro é, e
sempre será acomodado.
O
governo é o espelho da sociedade. Lembrando, quem escolhe os
governantes e quem são os governantes?
As
coisas são tão simples de serem entendidas, não é preciso
milhares de estudiosos e psicólogos pra entender o óbvio. A
violência aumenta enquanto a educação, a saúde e o saneamento
diminuem. Cada dia nasce mais um ser humano e esse ser humano está
mais perto da escória social, ao invés de viver em um “mundo
melhor”.
Não
há o que mudar no governos e nas leis, há sim, muito o que mudar na
própria sociedade. O mais repugnante é ver um país se unir para
pensar em futilidades como: samba, futebol e carnaval... Isso sim é
a verdadeira decadência do presente e o fim do futuro. Ninguém
chegará a lugar nenhum, e a culpa é do povo. Julguem exagero mas
até em uma ditadura, ao menos há uma politica com coercitividade e
objetivo.
Não
tenho orgulho de ser brasileira e não defendo esse povo, além de
não acreditar nele para possíveis mudanças. Mártires sempre vão
existir e não serei eu, quem morrerá em vão por pessoas que jogam
e sempre jogaram a culpa em outros enquanto não fazem nada. Podem
dizer que por pessoas como eu, o Brasil é o que é, mas é muito
mais obvio perceber que quem cruza os braços e nem se dá ao
trabalho de pensar e questionar, que é o verdadeiro culpado. Sei que
minha indignação representa a de muitas pessoas também.
Só
valerá a pena lutar, quando cada um entender as verdadeiras razões
e motivos para se viver em uma sociedade que busque justiça e
seriedade.
De
que adianta colocar o “João” da padaria para ser vereador
se ele nem se quer entende com funciona a Administração Pública,
por exemplo. Não seria mais inteligente, as pessoa de real preparo
(formação superior em Direito ou Economia, na minha opinião) serem
senadores, vereadores, deputados, presidente e ministros? Será que
pessoas que estudam leis e aprendem como criá-las não poderiam
reger melhor? Fica a dica para se pensar.
Tomo
mão das palavras da maravilhosa Cleide Canton juntamente com o
magnífico Ruy Barbosa, um dos maiores nomes do âmbito jurídico
brasileiro, confirmando minha, quem sabe, nossa insatisfação:
“Sinto
vergonha de mim
por ter sido educador de parte deste povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-Mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o 'eu' feliz a qualquer custo,
buscando a tal 'felicidade'
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos 'floreios' para justificar
actos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre 'contestar',
voltar atrás
e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir o meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar o meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo deste mundo!
'De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
A rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto'.”
por ter sido educador de parte deste povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-Mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o 'eu' feliz a qualquer custo,
buscando a tal 'felicidade'
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos 'floreios' para justificar
actos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre 'contestar',
voltar atrás
e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir o meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar o meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo deste mundo!
'De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
A rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto'.”
(Cleide
Canton/Rui Barbosa)
Ainda
em vídeo. Declamado pelo grande Rolando Boldrin,
em seu programa Sr. Brasil da TV Cultura:
Paula Camille Serêjo Cid Oliveira
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