O
mundo, com o seu desenvolvimento ferrenho,
chega a um ponto de 7 bilhões de habitantes, esse
por sua vez, em parte, contribui para a destruição do meio
ambiente, consequentemente, dos recursos naturais. O planeta terra,
detêm dimensões colossais, mas não suficiente para o suprir o
avanço do homem. Por isso, o ramo, Direito Intencional Público, ao
regular as relações, como o próprio nome diz, entre entes da vida
pública, sendo os Estados um deles, coopera na criação de
tratados, que possuem em vista, sem dúvidas, uma melhoria para os
países membros, através da proteção das riquezas naturais, de uma
união para um crescimento sustentável, etc.
As
Convenções de Viena ocorridas em 1961, e posteriormente em 1963, conhecidas como Tratados dos Tratados,
trouxeram indiscutível evolução, aperfeiçoando destarte, a formação
de tratados pelos Estados. Como consequências da Convenção de
Viena, temos a ratificação de que os Estados são livres, podendo
agir como bem entenderem; os estados devem agir de boa-fé; além de
ressaltar a pacta sunt servanda
(os pactos devem ser cumpridos).
Após
breve aprofundamento no estudo da matéria Direito Internacional,
destacar-se-á os países membros, a área de abrangência, os
objetivos, a situação atual da organização internacional, atuação
da organização internacional criada pelo tratado, todos esses
aspectos voltados a magnífica Cooperação Pan-Amazônica ou
Amazônica (TCA), que foi um marco
para o Direito Internacional Público.
Antes
de adentrar nos aspectos acima, cita-se a belíssima Carta de
Santarém, externada no Fórum Social Pan-Amazônico:
“É
hora de nós, Amazônicos, construirmos a Aby-Ayala. Um continente
sem fronteiras, terra de muitos povos, todos soberanos, iguais em
direitos e solidários entre si. Um continente da fraternidade onde a
democracia seja exercitada seguindo o princípio de mandar obedecendo
e obedecer mandando. Onde exista um diálogo de saberes e cultura,
onde cada povo seja livre para decidir como viver. A vida em harmonia
com a natureza é condição fundamental para isto. A terra não nos
pertence. Nós pertencemos a ela. A natureza é mãe. Não tem
preço.”
(Carta de Santarém. Fórum Social Pan-Amazônico. Novembro, 2010)
A
Cooperação Pan-Amazônica, originada, através de um tratado
internacional, assinado em 3 de julho de 1978, por 8 países, que
possuem em seu território parte da Floresta Amazônica, esse Estados
são: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e
Venezuela.
A jurisdição dessa cooperação, abrange toda Amazônia, com exceção da parte a qual a Guiana Francesa detêm, pois é um Departamento Ultramarino da França, destarte, vinculada à União Europeia.
A jurisdição dessa cooperação, abrange toda Amazônia, com exceção da parte a qual a Guiana Francesa detêm, pois é um Departamento Ultramarino da França, destarte, vinculada à União Europeia.
Tal
cooperação, inicialmente visava promover um crescimento sustentável
e cuidadoso, da bacia Amazônica em plena ascensão, obviamente
melhoria de vida dos povos e a troca de experiências regionais. Vale
frisar que a mesma visava, a priori, também criar um bloco
econômico, almejando imenso desenvolvimento, com um respeito exímio
ao ecossistema da Amazônia.
Após
décadas, mais precisamente em 1995, criou-se a Organização do
Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). Em 1998, esta emenda ao
Tratado foi formalmente aprovada, criando a Secretaria Permanente da
OTCA, com sede fixa em Brasília.
Neste
início do século XXI, a Cooperação Pan-Amazônica, com mais de
seus 30 anos, visa fortalecer a OTCA para a efetivação de um Bloco
Econômico Regional.
Através
da Rede Pan-amazônica de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde,
a Cooperação Pan-Amazônica, usufrui de um resultado vantajoso
através desta, que possui como proposta a produção de insumos
estratégicos e novas tecnologias para o combate a doenças comuns à
região, como malária, leishmaniose, hanseníase, tuberculose, entre
outros. Dentre os principais resultados alcançados, vale menção à
realização do I, II e III Encontro Internacional Pró-Rede
Pan-amazônica de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, em
novembro de 2006 na cidade de Manaus, em julho de 2007 na cidade de
Belém e em agosto de 2008 na cidade de Quito, respectivamente.
Salienta-se,
que após décadas de vassalagem aos “países de primeiro mundo”,
os países da Amazônia, dizem um basta à exploração econômica
resultante de séculos sem manufaturar matérias-primas da grande
floresta.
A
cooperação, advinda do tratado, obteve uma negativa ao tentar
implantar o bloco econômico, pois moveu-se, prioritariamente, no
plano da simples integração comercial e técnica, ao contrário dos
tratados que originaram blocos econômicos, que focam a integração
industrial.
Independentemente de qualquer tentativa dos Estados, que visam o progresso em todos os aspectos, os países devem, antes de mais nada, desenvolver programas de cooperação em pesquisa, diálogo político e principalmente, investir em educação, somente deste modo, será possível realizar a utopia de uma Pan-Amazônia desenvolvida.
Independentemente de qualquer tentativa dos Estados, que visam o progresso em todos os aspectos, os países devem, antes de mais nada, desenvolver programas de cooperação em pesquisa, diálogo político e principalmente, investir em educação, somente deste modo, será possível realizar a utopia de uma Pan-Amazônia desenvolvida.
Pietro Alarcão Bortolli Raposo
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